Inclusão social 

A Roda de Conversa é um espaço de escuta ativa, diálogo e troca de experiências entre os usuários com deficiência visual e/ou baixa visão. Conduzida por uma psicóloga e uma assistente social, essa atividade tem como objetivo fortalecer os vínculos, promover a socialização e abrir caminhos para o desenvolvimento emocional, intelectual e social dos participantes.

Mais do que um simples momento de conversa, a roda é um ambiente seguro e acolhedor, onde cada voz é ouvida e valorizada. Nesse espaço, os participantes compartilham vivências, dúvidas, medos e conquistas, criando uma rede de apoio mútua. É também uma importante ferramenta de identificação de demandas e necessidades individuais e coletivas, o que permite à equipe técnica planejar ações mais eficazes e personalizadas.

A atividade contribui ainda para o alívio da tensão emocional, a construção do saber coletivo e o estímulo à autonomia, além de proporcionar momentos de descontração e pertencimento. Ao longo das rodas, surgem orientações sobre temas relevantes do dia a dia, como acessibilidade, direitos, autocuidado, relações familiares e uso da tecnologia, tudo isso de forma leve, respeitosa e participativa.

A Roda de Conversa é, portanto, um elo entre os usuários e a equipe, fortalecendo não só os laços sociais, mas também a confiança, a autoestima e a consciência de que ninguém está sozinho em sua jornada.

Com o propósito de promover um ambiente acolhedor e de socialização saudável, os Almoços Interativos são realizados ao longo do ano como momentos especiais de convivência entre os usuários com deficiência visual e a equipe técnica do serviço. Essas vivências têm se mostrado fundamentais para o fortalecimento dos vínculos afetivos, o desenvolvimento do sentimento de pertencimento e a valorização da convivência em grupo.

Mais do que uma simples refeição, os encontros são espaços de trocas espontâneas, descontração e criação de memórias afetivas. Durante os almoços, surgem conversas sinceras, sorrisos compartilhados e aprendizados mútuos, que reforçam a confiança e a integração entre os participantes e os profissionais envolvidos.

Além do aspecto social, esses momentos também desempenham um papel estratégico para a equipe técnica, composta por psicóloga e assistente social, que consegue observar com mais sensibilidade e proximidade as reais necessidades dos usuários — tanto aquelas diretamente ligadas à deficiência visual, quanto outras de ordem emocional, social ou prática. Essa escuta ativa e vivencial contribui para um atendimento mais humanizado, direcionado e eficaz.

Os Almoços Interativos se consolidam, assim, como uma ação essencial para o bem-estar dos usuários, fortalecendo laços, promovendo autonomia e construindo um ambiente onde todos se sintam vistos, ouvidos e respeitados.

O Café da Manhã Social, também chamado de Café Interativo, foi implantado em 2022 com o intuito de acolher os usuários logo no início do dia, criando um ambiente leve, agradável e cheio de afeto. Mais do que uma simples refeição, esse momento é pensado como uma pausa reconfortante que contribui para o bem-estar emocional, a integração e a preparação para as atividades que serão desenvolvidas ao longo do dia.

Durante o café, os participantes têm a oportunidade de conversar, trocar experiências e começar o dia em um clima de confiança e companheirismo. Esse momento de descontração fortalece os vínculos entre os usuários e a equipe técnica, ao mesmo tempo em que contribui para a formação de um ambiente mais seguro, tranquilo e motivador.

A ação também se mostra essencial para reduzir tensões, melhorar a socialização e promover um sentimento de pertencimento ao grupo. Através desse acolhimento matinal, os usuários iniciam suas atividades com mais entusiasmo, autoestima e disposição para o aprendizado e a convivência.

O Café da Manhã Social é conduzido com sensibilidade e carinho pela equipe técnica, composta por psicóloga e assistente social, que acompanham cada detalhe desse momento com escuta atenta e presença afetiva.

Compreendendo a família como peça fundamental no processo de construção da autonomia da pessoa com deficiência visual e/ou baixa visão, a instituição desenvolve, ao longo de todo o ano, visitas domiciliares e reuniões com os pais ou responsáveis, fortalecendo os vínculos entre a equipe técnica, os usuários e suas famílias.

As visitas domiciliares têm como principal objetivo conhecer de perto a realidade vivida por cada usuário, compreender seus contextos sociais e afetivos, identificar necessidades específicas e orientar quanto à organização do ambiente doméstico, visando maior acessibilidade, segurança e conforto. Esses encontros também permitem que a equipe promova mediações familiares quando há vínculos fragilizados ou rompidos, muitas vezes ocasionados pelas barreiras e desafios impostos pela deficiência.

Durante essas ações, são abordadas questões essenciais, como o papel ativo da família no processo de reabilitação, a importância da escuta e do apoio emocional, além de orientações práticas que incentivem a autonomia do usuário dentro do próprio lar.

As reuniões com os pais reforçam esse cuidado, possibilitando momentos de troca de experiências, acolhimento, escuta e esclarecimento de dúvidas. Elas promovem um espaço de diálogo constante entre a instituição e a família, minimizando tensões, prevenindo conflitos e criando uma rede de suporte mais sólida.

Esse trabalho contínuo, realizado com dedicação por psicóloga e assistente social, é essencial para garantir não apenas o desenvolvimento do usuário, mas também para fortalecer as estruturas familiares e promover uma participação mais ativa e consciente de todos os envolvidos.